Paulo Roberto!

No seu tato
me desfaço,
desalinhando
me acho.

Meu pecado
na sua boca,
desfaleço,
coisa louca.

Minhas garras
na sua carne,
rijo o peito
é um alarme.

Me desarme,
me adentre,
toda sua
em carne crua.

Elo divino
do amor
cantado
em gemidos.
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Paulo Roberto!

Me aqueça,
me faça esquecer,
me abre um sorriso
e me dou pra você.

Me roube um beijo,
me esquente a cabeça,
não me deixe em paz,
me enlouqueça.

Se atreva,
adentre onde proibo.
Me toque onde eu digo não
e chegue onde não permito.

Me faça sofrer,
me faça chorar.
Me faça sorrir
após magoar.

Me condene à morte
e venha me matar.
Meu peito precisa
sentir o queimar.

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Paulo Roberto!

Eu tentei encontrar a saída,
eu tentei te ajudar.
Te apontei os caminhos
por onde deveria passar.

Você jurava que queria,
que ia mudar...
Que por nós tudo faria,
mas cada palavra voltava vazia.

Não que eu não acredite,
apenas não quero mais sofrer...
Hoje não consigo mais sorrir
quando estou com você.

De fato eu te amo,
como nunca amei alguém.
Eu tentei, aceitei coisas
que eu julgava não ser capaz de aceitar.

Esperei
e quando nem tinha motivos pra acreditar...
Eu acreditei
e segui adiante.

Agora simplesmente não da mais,
não tenho mais forças pra continuar,
os olhos pesados das lágrimas
que nem conseguem mais rolar.

Só não me critique, não me culpe,
até mesmo eu não queria tomar essa decisão,
mas não tem mais um espaço sequer
pra mais feridas no meu coração.
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Paulo Roberto!

No peito encravado
um punhal decorado,
é laço apertado
pra não desatar.

O sangue que corre
não mata nem morre,
no rosto escorre
pra um riso estampar.

Sentimento regado
nada é pecado,
o amor é sagrado
demais pra negar.

Doendo e sofrendo
agouro que entendo
e não me arrependo
de ter que enfrentar.

Se acaba é triste
pra quem não insiste,
o fim é um convite
pra recomeçar!
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Paulo Roberto!

Ela esta vindo!
Junto com ela
os ventos
e o perfume das flores.

Ah ela esta vindo...
Me trazendo duas porções
de felicidade
bem servidas pra esquecer a tristeza.

Já posso até vê-la,
vislumbrar seus gestos,
seu rosto,
quase posso sentir o seu gosto.

Lá vem ela,
ouço os cantos,
abro um sorriso
essa voz é a dela.

Hoje eu morro!
De amor eu me acabo,
no abraço dela
pro mundo nem rasgo.
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Paulo Roberto!
Se eu te vejo passando
como criança brincando,
sorrindo de graça
da vida que passa.

Meu coração descompassa,
é seu o ar da graça
e nem oi gaguejado
eu consigo dizer.

Fico de longe perdido
nos cachos esvoaçados
que eu tanto desejo
um dia obter.

Ah se ao menos me enxergasse,
se eu soubesse ser seu bem querer.
Ah se ao menos eu tivesse coragem
pra dizer: Menina eu só penso em você.

Levo comigo o desejo
de num dia um beijo,
num abraço quem sabe
um mundo, se abra pra mim em você.
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Paulo Roberto!

Por que é que dói assim?
Se quem deixou ruir foi você,
que devagar foi dilacerando meu coração.
É tão injusto meu sofrer.

Muitas vezes ardi sozinha no fogo
pra manter acesa a chama da nossa paixão.
Cuidei pessoalmente do nosso jardim
para o qual nem um olhar lançaste.

Ainda assim o lamento é meu,
que não tenho culpa alguma
em nada de ruim que nos aconteceu.
Por que quem sofre sou eu?

Você que parecia um anjo com estrelas incrustadas no olhar
e que quando falava eu ouvia sinos tocar.
Hoje, o motivo do meu sorriso mais sincero...
Refez-se no mais dorido chorar.
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Paulo Roberto!

Somos diferentes
isso eu sei.
Assim como sei
que somos igualmente capazes,
porém não me critique se eu não conseguir
e não me inveje se eu conseguir,
posso ser mais preguiçoso ou mais esforçado!
Todos temos nossas dificuldades,
embora as minhas
possam não parecer
tão dificeis assim pra você. (Elas são difíceis pra mim, respeite.)
Acordamos e dormimos,
se durmo mais ou menos
que você é uma escolha minha
e nada que você faça me fará mudar se eu não quiser.
Não me importa o que se diz certo,
tenho minhas próprias opiniões
e delas são feitas as lentes dos óculos
que uso pra enxergar a vida. (Assim como você.)
Respeite meus ideiais!
Nas nossas diferenças somos todos iguais,
quero pra mim o mesmo que quer pra você,
no fim não vale a pena questionar só vale a pena viver.
Todos nossos esforços acabarão no mesmo lugar,
a maior prova de tudo o que digo
meu diferente, porém caro amigo...
É que no fim beijaremos a mesma dama.
(E ela não se importará com o que estaremos pensando.)



Paulo Roberto!

Outro dia, numa tarde fresca, fiquei da janela à observar o céu. Estava o céu limpo, com poucas nuvens e a passarada voava no azul celeste criando formas e contornos inimagináveis, uma tarde linda.
Me dei conta então que muitas das tardes que nem vi passar, devem ter sido lindas como essa, ou até mesmo mais lindas e passaram por mim desapercebidas. Decidi prestar mais atenção nesse detalhe ao notar que aquela simples imagem havia dado uma nova forma ao meu dia.

Voltei os olhos pra os passantes, muita gente e muita pressa. Centenas de pessoas que passam por si sem se notar. Ao observar aqueles que andam em pares ou grupos, nota-se que muitas vezes estão sorrindo e conversando, percebe-se então que provavelmente são pessoas alegres e interessantes, ainda assim os demais apenas passam, noto então que muitas ou todas as vezes caminhei pela rua entre centenas de pessoas, como se estivesse só entre meu ponto de partida e destino, ignorando pessoas que poderiam e podem representar uma parte importante da minha história, decidi então observar mais e me aproximar dos demais, é verdade que é necessário se desprover de suas camadas rústicas e ignorantes de segurança pra fazer isso, porém, assim como é necessário vestir-se pra escapar do frio é necessário despir-se pra sentir o vento.

Vislumbrei os casais apaixonados e fui acometido de um sentimento de nostalgia, uma saudade, lembrei das cartas esquecidas dentro da velha caixa jogada em qualquer canto do porão, olhei pra cozinha e lá estava ela, a pessoa maravilhosa com quem compartilho meus dias, a artista com quem escrevo um dia de cada vez na minha história e na história dela. Lembrei de momentos doces de nós dois, não pude deixar de recordar de outras histórias passadas, porém, essa é a melhor delas. Me lembro bem do dia que nos conhecemos, que não vou descrever pois não preciso cansar os leitores, mas com certeza nesse dia eu não observei o céu e tão pouco os passantes, nesse dia eu só enxergava um par de pernas e um olhar que transitava no escritório onde naquele tempo eu trabalhava, decidi então que precisava saber quem era aquela, aquela moça séria de andar compassado, óculos na frente do olhar verde claro e muita garra. Hoje essa mesma moça é o motivo da minha mais sincera felicidade, única pra mim, dediquei-me à fazê-la feliz e o fiz. Descobrimos juntos que a vida tem mais cores, que o amor não é só uma lenda, assim como não é o mesmo das lendas, no amor como em qualquer outra situação, é necessário lutar pra alcançar, é necessário sujar as mãos, cada escolha é uma renúncia, cada degrau é uma vitória e ao mesmo tempo um perigo maior em relação ao chão, prosseguimos nesse conto de fadas, modernizado e alcançamos devido à sensatez, a graça de ser feliz, compartilhamos nossos fardos, sendo um o apoio do outro, só assim a felicidade se fez. Agora nesse instante, em que à observo cantarolando Roberto Carlos e terminando de limpar a cozinha, sinto que não sou o melhor do mundo assim como não ambiciono ser, mas sou muito satisfeito e feliz com tudo o que devido à minha competência consegui merecer.

Por aqui me despeço, surgiu-me uma imensa vontade abraça-la, daqueles abraços que quando ela sentir, vai escutar todas as palavras que eu gostaria de dizer, mas não são suficientes pra expor uma mínima porcentagem do que eu preciso expressar.

Para todos vocês fica aqui um conselho, vocês já o leram, se não entenderam leiam de novo. Não estou aqui pra presentear-lhes com o peixe, mas eis a vara... Pesquem.



(Talvez todos nós saibamos disso, mas nunca é demais recordar.)
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Paulo Roberto!

E eu te encontrei.
Sem endereço,
sem cartas marcadas
e sem GPS.

Sem um mapa
e sem poder te reconhecer.
No jogo da vida
eu encontrei você.

Sonhei contigo durante anos,
que sem face
nas noites tranquilas
vinha me ver.

Desejei tê-la nos braços
sem saber seu nome,
seu sabor.
Do que é que eu gostaria em você.

E finalmente te encontrei.
Tão cheia de qualidades
quanto de defeitos.
E foi assim que aprendi a te querer.

Agora tão pouco importa
as horas, os compromissos
e os demais.
Somos só você e eu e o resto... (O resto tanto faz.)
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Paulo Roberto!

Imperatriz da madrugada,
quem me dera uma noite eterna,
vislumbrar pra todo o sempre sua luminescência...
Onde eu fechasse os olhos só para beijá-la,
princesa da pele de prata!
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Paulo Roberto!

Eternamente ligados pela magestria,
suavemente com raios fulminantes, acaricia,
a pele pálida do astro terrestre
que a noite alumia.

Seguem seu dançar de poeira celeste,
com a mesma candura que a brisa beija a flor,
soprando no espaço vida
e aos amantes coroando de amor.

Um espetáculo no manto do espaço,
no véu negro um amor infinito.
Vislumbrado pelas estrelas e homens
e por todas as linguas bendito.

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