Paulo Roberto!

Quarto 412:

O Louco:
-- Ai doutor. O que exatamente quer ouvir? Quer que lhe fale de uma repentina e milagrosa cura?
Doutor... Eu tenho algo que falta aos lúcidos. (como vocês chamam quem aceita ser subordinado com algum tipo de satisfação barata).
Eu possuo princípios doutor, princípios estes que seus diplomas acadêmicos não provam que o senhor possua. Se hoje me denominam como louco! O motivo é exatamente o fato inevitável e inegável para mim, o fato de jamais me vender para provar algo ou alguma coisa pra alguém.
Eu gostaria porém, que o senhor entendesse os delírios da minha mente desvairada, que segundo esse papel branco que se chama relatório médico, escrito pelo senhor, baseado em sua opinião e na opinião do que é chamado de comportamento padrão, eu possuo.
Eu acredito doutor, que como indivíduo, estou selado injustamente, apenas por que possuo motivos que sua mente não é capaz de compreender, ou se nega a isso...

O Doutor:
-- Então! Você quer dizer que meu julgamento quanto ao seu estado mental, é equivocado, segundo padrões incorretos ou incoerentes, e que claro, a opinião que eu tomei a teu respeito esta incorreta?
Como pode dizer isso? Visto que sua acusação, é o assassinato de cinco pessoas?!

O Louco:
-- Cinco pessoas não doutor... Eu diria, cinco produtos que se venderam, digamos que eu sou um tipo caro de "juros", e que eu estava impresso nas letras miúdas do contrato doutor. E eu não tenho culpa se eles não leram.
Doutor eu sou capaz de entender coisas que a sua visão limitada se nega á compreender. É uma pena. Porém é uma condição humana não é? Esse seu desinteresse por questionar o que lhe foi dito e ensinado...
Eu doutor, entendo a fraqueza dos homens!
Meu advogado é tão tolo. Sabe. Ele me aconselhou a fingir insanidade pra que eu não fosse parar numa perpétua.
É um verdadeiro tolo, fica ele pensando que as pessoas precisam fingir uma loucura...
Eu acho que todos são loucos, e loucos do tipo atrevidos doutor, se atrevem à dizer que são normais! Normais? Hahaha! Segundo que normas? Sem ressaltar aquilo que todos são capazes de fazer por algum tipo de pagamento.
Doutor... Eu não preciso mentir.
Eu nem gosto de mentir, estou sendo franco, assim como o sou quando digo que não gosto do senhor, das regras em que todos jogam, com suas normas patéticas, normas essas que são usadas pelos "lúcidos" para encobrir suas ações "néscias", ofuscando-as com o seu "poder", e seguindo tranquilamente! Tantos buracos doutor, tantos...
Quantas pessoas andam por ai escondendo de alguns, seus monstros, que pra outros são bem visíveis e aterrorizantes. Você sabe doutor!
E eu sei que me entende bem, porém você gostaria de se levantar e gritar grosseiramente comigo: "QUEM É VOCÊ PRA JULGAR?!!!"
Você me entende doutor...
Por causas dessas mesmas regras, logo eu estarei fora desse lugar, meu "poder", vai comprar a vontade daqueles que me querem aqui dentro, a insanidade foi um passo, estar curado é outro... Tudo uma questão de parecer ser, não necessariamente ser.
Tudo se resume nisto doutor!
Paulo Roberto!

Gostaria então que o tempo nunca nos permitisse o fim
pra que o eterno se fizesse em nome do nosso amor!

Gostaria que as estrelas se fizessem ruas
pra que eu me sentisse
menos louco quando acreditasse
que ao seu lado as estrelas são meu chão!

Gostaria que o vento soprasse sempre com a mesma suavidade seus
belos cabelos negros
que perfeitos
se agitam ao toque da brisa e se insinuam pra mim enfeitando o ar...

Gostaria
que embora todas
as manhãs sejam belas.
Gostaria que as noites ao seu lado
ao menos algumas delas
durassem mais muito mais do que a natureza permite...

Gostaria então de nunca ter longe
dos meus olhos a beleza descomunal da sua pele, do seu rosto,
de suas curvas e lábios...
De nunca deixar
de sentir e me encantar
com o seu perfume!

Espero que se realizem
esses desejos,
pois um dia eu desejei amar mais que tudo,
e receber o amor mais puro,
e então você apareceu pra mim.
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Paulo Roberto!
Peço á todos vocês minhas sinceras
e singelas desculpas,
ficarei ausente por algum tempo...

Continuo escrevendo como sempre
porém,
ando dando devida e quase que total
atenção ao meu projeto em andamento:
Escrever meu próprio livro.

Cujo tema, título e gênero não
mencionarei aqui...

Deixo-vos na curiosidade.

Mais tarde com mais
clareza e certeza adianto-vos sobre
o mesmo!

Abraços, caros amigos.

Aparecerei às vezes pra
fazer algum post...

Obrigado desde já!
Paulo Roberto!

É a beleza
que existe entre o abrir
dos meus lábios
e o fechar,
quando saem por
entre os mesmos
as palavras,
"Eu te amo"!

A perfeição
que existe
no suave
ou brusco
toque
de nossas mãos,
de nossos corpos,
de nossos lábios...

O inacreditável
desejo
de possuir
e se entregar
que nos consome
e o consumimos,
que se faz
sempre que por perto,
sempre que em pensamento,
sempre e por que simplesmente
um para o outro existimos!

Tudo o que
se faz de mais belo
entre
o se aproximar
e o se afastar
de nossos corpos,
corações e mentes!

O repousar sublime
de nossas almas
então sobrepostas
e por um só
motivo eternamente
unidas,
motivo este,
"O AMOR QUE SENTIMOS"!
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Paulo Roberto!

Quando caminho pela tarde
e seu rosto me vem a mente,
turbulento meu corpo arde
agitado meu coração sente.

Quase consigo sentir
suas mãos,
preocupadas em descobrir
a extensão da minha pele.

Fito o horizonte,
a saudade é uma companhia
um tanto quanto indesejável,
que não se esquece de sussurrar
no meu ouvido
o fato de estarmos distantes...

Mesmo você estando longe agora,
ainda me lembro de todos os motivos
pelos quais amo tanto você!

Então ainda olho aquele cantinho
onde trocamos aquele beijo
com sabor de nervosismo
do primeiro encontro,
e sinto o mesmo arrepio ainda hoje.

Recordo de ter pensado ao te ver
que eu queria me casar com você!

Hoje nada mudou,
em anos de casados
a única coisa que é diferente
é a sua mãe que não me toma mais
como seu mal caminho... (Sinto falta das implicâncias dela)!

O amor que pra sempre me arderá o peito,
motivado por todas as suas qualidades
e um pouco pelos seus defeitos,
esse morrerá comigo,
enterrado no túmulo que repousar meu corpo,
e no paraíso espero
velar por teus dias,
sorrindo com seu sorriso sincero
mesmo eu não sendo mais o motivo...

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Paulo Roberto!

"Esquece a hora vem e se demora,
passe o dia comigo.
Assistamos o sol nascendo e se pondo, sem hora,
sejamos hoje absolvidos...

Sem culpa e sem medo
somos o abstrato do amor
sem qualquer segredo
na receita ou no sabor!"
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Paulo Roberto!

Enevoado, assim talvez se encontrem meus dias,
deve você apressado se perguntar:
- Por que talvez?

Ah eu responderia com prazer,
porém apressado me encontro...
Preciso chegar em um ponto

que acredito
que ninguém tenha alcançado.
Pergunta-se:
"Qual?"!

Imagino eu que não notes,
à morte que nos cerca,

não a morte como a imaginas.


Confuso eu?
Escute, entenda...

"Quando acordo
noto nos olhos de quem vejo,
um monte de defuntos...
Sonhos mortos, tormentos...
Fantasmas do passado,
idéias enterradas.
O ser que não insiste em ser!
Morre sem respirar,
sem existir,
vaga num cemitério
exposto pela retina
do olhar de quem deixa morrer...
A morte que eu vejo,
é a morte do desejo.
O desejo intenso de mudar tudo,
morre para a idéia
de não se poder fazer nada!"
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