Paulo Roberto!

É difícil entender o coração,
por fim eu fico perdido
questionando se era ilusão
o sentimento vivido.

Tive força pra dar meu sangue,
lágrimas correram pela face,
o que faz com que eu me zangue
é o não impedir que tudo acabasse.

Foi tão mágico, surreal,
tudo aconteceu normalmente
cada momento parecia o ideal
e o que mesmo afastou a gente?

Talvez eu tenha errado
em tentar acertar sempre.
Talvez o amor seja pecado.
Ou só o destino que se cumpre

No entanto nunca fico calejado,
a cada fim é uma nova cicatriz,
a história vai ficar no passado,
mas a dor eu levo até acabar o giz.


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Paulo Roberto!

Pai de grande misericórdia, anseio por tua paz,
que outra coisa posso eu querer senão a tua graça?
Mostra-me o caminho reto por onde devo andar,
usa-me conforme a tua vontade e faz com que a tua graça seja notada nas minhas ações, gestos e palavras.
Acalma minha alma quanto á dor dos meus irmãos e aparta a fúria
quanto aos pecados dos mesmos.
Ensina-me a amar aqueles que são os meus semelhantes,
sendo-os todos os que são tuas criaturas, portanto,
dai-me a graça de amar á todas as criaturas.
Dai-me palavras sábias e oportunas para acalentar o coração dos que choram
e a alma dos que sofrem,
para restaurar a fé dos que desmoronam e fortalecer a dos que creêm.
Deus meu de infinita misecórdia, perdoa-me, ajuda-me, ensina-me à me humilhar,
à não me ensoberbecer e a crer sobretudo na tua grandeza,
fortaleça à minha fé.
Por que nada sou senão mero fruto da tua misericórdia
e só por causa dela estou vivo, por essa graça lhe sou eternamente grato.
Obrigado Senhor pelo fôlego de vida.

Paz na terra e no coração dos homens é o que meu coração deseja segundo a vontade do Deus nosso Pai.
Amém.
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Paulo Roberto!

Existia um sorriso
e um até belo canto,
sobrou um eco indeciso
de um melancólico pranto.

Das certezas juradas
sobrou só o lamento,
esquecido pelas beiradas
misturado à rotina e o sofrimento.

A alegria que existia
no peito pulsante,
num instante se extinguia
sem nem estar relutante.

Os motivos viraram causas
e nem tentaram explicar,
seguiram sem nenhuma pausa
passo após passo sem pestanejar.

Ninguém enxergou mais do que se via,
estavam certos de tudo, pensavam,
mas de certo que o tanto que doía
dentro choravam pois não suportavam.
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Paulo Roberto!

Nos lençóis da vida
De amizade me agasalho
Espero o vento passar
Nas palavras de abraços...

Expondo o riso
Enfatizando a fala
Brindando seu eu amigo
Com festa de gala!

E neste transe de sentimentos
Rodopio de graça
Aprendo a todo o momento
É sol na minha estrada...

Cada dia um atalho
Não se chateie comigo
Preciso partir bem cedo
Mas sempre te chamarei amigo.

(Abraão Vitoriano e Paulo Roberto.)
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Paulo Roberto!
Garcia:
- Ora meu caro...
Que pensas que fazes aqui? Bebendo tão cedo?
Estás louco, perdido ou com fome?

Sinésio:
- Não meu caro. Nem perdido nem néscio. Apenas apaixonado!
Afogo em licores os beijos não dados. Durmo na mesa dura,
pra doer o rosto não tocado
e sinto frio, no corpo que não fora tomado!

Garcia:
- Meu caro, mas que drama, não viste que não deve chorar por uma dama, tantas qual ou mais formosas existem, do que te adiantas? Levanta-te dai e vai-te, procuras outra formosa donzela que te aceite. Mas não chorais comigo suas desventuras.

Sinésio:
- Louco!!! Louco és tu?! Não digo de qualquer uma senão daquela que tanto amo, só ela quero, é só por ela eu vivo, mas nem sei se mereço tal gosto, provar da carne mais sedosa, mais perfumada, tal qual um canteiro de rosas. Os lábios mais puros, da cor mais clara, dos olhos mais doces. Louco és!!! Nunca me pediria pra ir buscar outro seio se soubesse quão meu coração a ama, estás louco e de louco chamaste-me? Vai-te homem! Suma-se daqui!

Garcia:
- Não sou pago pra contigo discutir seus amores, nem pra ouvir tais palavras tão cedo, espera... Dormiste aqui?

Sinésio:
- Sim. Onde mais eu dormiria? No colo da tua mulher? Aquela vaca. Pelo menos me guardo pra quem me mereça, não forjo falsos amores pra qualquer que apareça, tu que é homem dono de uma mulher, que tantos toca no mesmo dia, sabes tu com quem ela se deita por ai? Sabias tu que metade da vizinhança, senão toda, sabe o gosto dos lábios da tua companheira? Cuida da tua casa meu bom homem. Mate-a!!!

Garcia:
- Como ousa?!! Como ousa tais palavras pronunciar, suma, suma-se daqui seu bastardo, suma seu louco, não vou ouvir tais coisas, vai-te imediatamente!!!

Sinésio:
- Me irei sim, sua ignorância pode ser contagiosa. Mas ouça-me amigo. Antes sozinho adormecer na mesa do bar, beber do vinho da sarjeta e o corpo selar, que dividir a cama com uma donzela que pra tantos se divida, que a todos venha beijar, durmo no seio de uma prostituta antes de me entregar a uma infiel como a sua, vire homem antes de gritar comigo, senão parto-te ao meio!
Louco!


Lucinda:
- Que se passa meu homem? Que te aborreces? De longe pude ouvir seus brados. O que lhe incomoda?

Garcia:
- Nada mulher, só um louco bêbado que diz asneiras sobre ti, só um louco como os demais que aparecem aqui, sou obrigado a lidar com essa corja. Nem sei até quando me manterei cuidando disso aqui...

Sinésio:
- Louco não. Bêbado sim, diz pra seu marido o que fazia você quando a dois dias atrás estava longe, cinco casas à esquerda, diga se não estavas com aquele jovem moço, diga pois a ele o que fazias tu senão entregava seu corpo! O que fazias tu no quarto do moço? Trago-o o aqui, ele virá, apaixonado esta por ti e só espera por ver-te livre, tenho pena do pobre rapaz que se apaixonou por tão baixa mulher, uma meretriz merece mais... Tire suas mãos de mim, não ouse me tocar. Sabe que não lido com infelizes como você!

Garcia:
- Estas a ofender a mim e a minha esposa o que espera, suma-te, anda, vai!!! Antes que eu não responda por mim!

Sinésio:
- Não seguras nem tua carne, segurarias a mim? Não tenho o que temer. Bêbado, ainda faço dois de você! Vou-me pois tornou-se um importuno ficar.

Garcia:
- Que me diz mulher? Sobre o que o louco dizia? Diga-me que mentia!!! Ele mentia?!

Lucinda:
- Amor... Não.

















- FIM -

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Paulo Roberto!

Ao amor serei breve:
Me entenda como quiser,
pra ti farei greve
não me visite se puder.

Cicatrizes ainda possuo
do tanto que me feriste,
fico nos cantos do recuo
sabendo que ainda existe.

É lindo de fato eu sei
não posso negar que sorri,
mas sofrer nesse caso é lei
de tanto chorar eu corri.

De covarde me chame,
mas prudente me tornei,
não amarei, nem me ame
meu peito controlarei.

Se não me ouvires no entanto
e insistir em voltar,
traga quem me ame tanto
ou mais do que eu possa amar.
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Paulo Roberto!

Ei de me entregar por inteiro
sendo puro e verdadeiro,
tão entregue que não duvide
que por ti só o amor preside.

Serás pra mim como o ar
morrerei se me faltar,
entenderás como te preciso
existirá por ti cada meu sorriso.

Se interrogares porém
o quanto meu peito te atem,
de prontidão te confessará
que é por ti que sempre pulsará.

Meu olhar gravará teu rosto
e minha pele teu gosto,
estará no meu pensamento
dona de todos os meus sentimentos.

E se o fim insistir em incomodar
lutarei com fibra pra não vacilar,
só aceitaria que a morte, nunca a sorte
que você da minha vida corte.
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Paulo Roberto!

Embora o disfarce usual
de criatura dura,
não consigo esconder o tal
sentimento de ternura.

Distante, virando o rosto,
te reparando no canto do olhar,
triste á contragosto
por não poder te tocar.

Seguindo na paralela,
te observando sempre a distância,
meu peito gritando: Eh ela!
E eu sofrendo na ignorância.

Queria a coragem pra confessar
o que sinto talvez desde criança,
mas é difícil acreditar
que possa haver alguma esperança.

Você tão reta, tão certa,
por tantos rigores forjada
e eu tão louco, tão pouco,
sou só mais um na sua larga estrada.
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Paulo Roberto!

Não sei o que aconteceu,
sinceramente não entendo,
o amor que aos poucos morreu,
triste, dolorido e sofrendo.

Tudo parecia perfeito,
nos eixos da mais suave viagem,
aos poucos foram surgindo defeitos,
ferrugens na ágil engrenagem.

O sorriso se escurecia
e na face a dor se mostrava,
o cansaço o desejo vencia
e o nós já não mais importava.

Não sei onde foi que errei
ou sequer quem estava errado,
no fim a única coisa que sei
é que procuramos cada um o seu lado.

Não sei por que acontece assim,
tantos planos compartilhados
pra morrer num fatídico fim!
Cada um no seu mundo ilhado.

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Paulo Roberto!

Apressa-te que de dor
meu peito falece,
saudade é flor
que na ausência cresce.

Sei que já vens
mas já não me aguento,
traga todo o amor que tens
cavalgando num corcel de vento.

E me envolva nos braços teus,
beije-me como o rio ao mar,
prometa-me nunca dizer adeus,
quero mesmo é morrer de amar.

Do relógio se esqueça,
o telefone jogue fora,
perca comigo a cabeça
e nunca mais vá embora.

Não quero a saudade
tão pouco a solidão,
quero só o amor que invade,
que me aquece o coração.
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