É difícil entender o coração,
por fim eu fico perdido
questionando se era ilusão
o sentimento vivido.
Tive força pra dar meu sangue,
lágrimas correram pela face,
o que faz com que eu me zangue
é o não impedir que tudo acabasse.
Foi tão mágico, surreal,
tudo aconteceu normalmente
cada momento parecia o ideal
e o que mesmo afastou a gente?
Talvez eu tenha errado
em tentar acertar sempre.
Talvez o amor seja pecado.
Ou só o destino que se cumpre
No entanto nunca fico calejado,
a cada fim é uma nova cicatriz,
a história vai ficar no passado,
mas a dor eu levo até acabar o giz.
Pai de grande misericórdia, anseio por tua paz,
que outra coisa posso eu querer senão a tua graça?
Mostra-me o caminho reto por onde devo andar,
usa-me conforme a tua vontade e faz com que a tua graça seja notada nas minhas ações, gestos e palavras.
Acalma minha alma quanto á dor dos meus irmãos e aparta a fúria
quanto aos pecados dos mesmos.
Ensina-me a amar aqueles que são os meus semelhantes,
sendo-os todos os que são tuas criaturas, portanto,
dai-me a graça de amar á todas as criaturas.
Dai-me palavras sábias e oportunas para acalentar o coração dos que choram
e a alma dos que sofrem,
para restaurar a fé dos que desmoronam e fortalecer a dos que creêm.
Deus meu de infinita misecórdia, perdoa-me, ajuda-me, ensina-me à me humilhar,
à não me ensoberbecer e a crer sobretudo na tua grandeza,
fortaleça à minha fé.
Por que nada sou senão mero fruto da tua misericórdia
e só por causa dela estou vivo, por essa graça lhe sou eternamente grato.
Obrigado Senhor pelo fôlego de vida.
Paz na terra e no coração dos homens é o que meu coração deseja segundo a vontade do Deus nosso Pai.
Amém.
Existia um sorriso
e um até belo canto,
sobrou um eco indeciso
de um melancólico pranto.
Das certezas juradas
sobrou só o lamento,
esquecido pelas beiradas
misturado à rotina e o sofrimento.
A alegria que existia
no peito pulsante,
num instante se extinguia
sem nem estar relutante.
Os motivos viraram causas
e nem tentaram explicar,
seguiram sem nenhuma pausa
passo após passo sem pestanejar.
Ninguém enxergou mais do que se via,
estavam certos de tudo, pensavam,
mas de certo que o tanto que doía
dentro choravam pois não suportavam.
Nos lençóis da vida
De amizade me agasalho
Espero o vento passar
Nas palavras de abraços...
Expondo o riso
Enfatizando a fala
Brindando seu eu amigo
Com festa de gala!
E neste transe de sentimentos
Rodopio de graça
Aprendo a todo o momento
É sol na minha estrada...
Cada dia um atalho
Não se chateie comigo
Preciso partir bem cedo
Mas sempre te chamarei amigo.
(Abraão Vitoriano e Paulo Roberto.)
Ao amor serei breve:
Me entenda como quiser,
pra ti farei greve
não me visite se puder.
Cicatrizes ainda possuo
do tanto que me feriste,
fico nos cantos do recuo
sabendo que ainda existe.
É lindo de fato eu sei
não posso negar que sorri,
mas sofrer nesse caso é lei
de tanto chorar eu corri.
De covarde me chame,
mas prudente me tornei,
não amarei, nem me ame
meu peito controlarei.
Se não me ouvires no entanto
e insistir em voltar,
traga quem me ame tanto
ou mais do que eu possa amar.
Ei de me entregar por inteiro
sendo puro e verdadeiro,
tão entregue que não duvide
que por ti só o amor preside.
Serás pra mim como o ar
morrerei se me faltar,
entenderás como te preciso
existirá por ti cada meu sorriso.
Se interrogares porém
o quanto meu peito te atem,
de prontidão te confessará
que é por ti que sempre pulsará.
Meu olhar gravará teu rosto
e minha pele teu gosto,
estará no meu pensamento
dona de todos os meus sentimentos.
E se o fim insistir em incomodar
lutarei com fibra pra não vacilar,
só aceitaria que a morte, nunca a sorte
que você da minha vida corte.
Embora o disfarce usual
de criatura dura,
não consigo esconder o tal
sentimento de ternura.
Distante, virando o rosto,
te reparando no canto do olhar,
triste á contragosto
por não poder te tocar.
Seguindo na paralela,
te observando sempre a distância,
meu peito gritando: Eh ela!
E eu sofrendo na ignorância.
Queria a coragem pra confessar
o que sinto talvez desde criança,
mas é difícil acreditar
que possa haver alguma esperança.
Você tão reta, tão certa,
por tantos rigores forjada
e eu tão louco, tão pouco,
sou só mais um na sua larga estrada.
Não sei o que aconteceu,
sinceramente não entendo,
o amor que aos poucos morreu,
triste, dolorido e sofrendo.
Tudo parecia perfeito,
nos eixos da mais suave viagem,
aos poucos foram surgindo defeitos,
ferrugens na ágil engrenagem.
O sorriso se escurecia
e na face a dor se mostrava,
o cansaço o desejo vencia
e o nós já não mais importava.
Não sei onde foi que errei
ou sequer quem estava errado,
no fim a única coisa que sei
é que procuramos cada um o seu lado.
Não sei por que acontece assim,
tantos planos compartilhados
pra morrer num fatídico fim!
Cada um no seu mundo ilhado.
Apressa-te que de dor
meu peito falece,
saudade é flor
que na ausência cresce.
Sei que já vens
mas já não me aguento,
traga todo o amor que tens
cavalgando num corcel de vento.
E me envolva nos braços teus,
beije-me como o rio ao mar,
prometa-me nunca dizer adeus,
quero mesmo é morrer de amar.
Do relógio se esqueça,
o telefone jogue fora,
perca comigo a cabeça
e nunca mais vá embora.
Não quero a saudade
tão pouco a solidão,
quero só o amor que invade,
que me aquece o coração.