São jardins em flor,
aqueles cujos os sorrisos se abrem,
é encantador a primavera nos rostos!
Cuja face de pele corada,
e olhos apertados, expressivos...
Dentes serrados à mostra,
gestos soltos, e palavras ditas em voz alta...
Bebidas devéras, e histórias muitas!
Sejam contos do inesperado, o inventado,
o dia-a-dia, notícias, idéias e até absurdos!
Tudo é permitido,
no rosto florido daquela noite!
Ficarão pra sempre perfumadas na memória,
as flores que desabrocham nesses pequenos,
mas tão fortes e importantes
momentos!
Germinando sementes de solidão,
saudade,
e vínculos de afeto que ficarão ali,
selados naquela mesa,
naqueles corpos,
naqueles rostos!
A primavera
que nasce ao iluminar de um "sol riso",
a fotossíntese mais bela,
do verde esperançoso de ainda poder ser feliz,
apesar...
São caminhos pra onde vamos
e distancias que vem!
Se abrem universos entre nós
e as costas se dão.
As mãos se largam,
brigam em conflitos
cheio de dedos,
querem se tocar mas não se permitem!
Lábios agora secos,
olhos vermelhos,
e um resmungo engasgado!
Orgulho intacto!
Coração dilacerado...
Olhar pra tudo que tive
embora menos do que queria,
e ver agora o que tenho...
(bem mais nada do que antes)
Acho que é hora de voltar atrás!
Sobre o olhar desatento,
alento e calmo,
eu invento
o alvo!
Diante do olhar temeroso,
distante,
passivo e vigoroso,
eu sigo errante...
Vigiado pelo olhar suave,
eu corro por cima do mundo,
ora voando na leveza de uma ave,
sozinho, separado ou junto.
Olhares que me seguem os passos,
que me despem,
que cortam laços,
que me dizem!
Olhos cerrados de medo,
cegos pela ignorância,
que guardam segredo,
forjados de elegância.
Todos são olhares,
que como os meus,
vagam por muitos e tantos lugares...
perdidos e encontrados dentro de olhares como os seus!