Paulo Roberto!


Não se permitam definhar diante do muro das desilusões, deixem cicatrizar as feridas de seus corações, não percam tempo com o derramar desnecessário de lágrimas vãs, a dor não escorre pela face, mas fenece ante um sorriso.

O ser humano se contenta facilmente com suas vitórias, mas tenta de todas as formas justificar suas derrotas. Derrotas, nada mais são do que a sorte de aprender mais do que a batalha propunha.
Paulo Roberto!



Talvez eu me culpe por isso, mas só vou me importar bem depois, por agora só me cole em teu corpo, beije meus lábios, passeie pelas minhas curvas tuas mãos fortes, me aperte, deixe sua respiração ofegante no meu pescoço, me erga do chão, meus cabelos caem no teu rosto, seus olhos fechados demonstram que sente, sente de verdade, nossas roupas pelo chão do apartamento, tão delicado momento, num outro tão bruto se faz.

Me deite suavemente na cama, não, não diga que me ama, eu sei que não é verdade rapaz.

Mordisque a minha orelha, fale sussurrando palavras sujas, acaricie meus seios, beije-os, morda meu pescoço e desça tua mão no meu íntimo, profundamente me toque, me conheça os átrios, me faça gritar, sem controle.

Deslize teu corpo sobre o meu, me deixe sentir o peso desse corpo suado e quente, beije meu sexo, beije tal qual beija-flor sedento por néctar, beije como quem beija no seu último desejo ante o fuzilamento, faça-me tocar o Sol sem luvas.

Me vire bruscamente adoro essa pose, entregue, saliento minhas curvas, me mostro, me exibo, me olhe, quero que me veja, pra que se lembre nas noites que não compartilhará comigo, pra que toque pensando em mim, olhe meu íntimo, adoro seu olhar de desejo, me devore, deite-se sobre mim, beije minha nuca, tiro meus cabelos para o lado, beije-me a nuca. Morda minhas costas, beije-me onde quiser, aperte minhas nádegas, com firmeza, penetre-me, eu grito, eu gosto, eu quero mais forte, mais profundo, mais rápido e agora mais lento, me acaricie, aperte minhas coxas, me toque, me penetre mais forte, quero que sejamos um... Goze, me faça gemer, gozar, me faça mulher.

Por hoje sou tua, suada, cansada, sorria pra mim, converse, me abrace e durma, acordaremos juntos. Amanhã seremos desconhecidos pela rua.
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Paulo Roberto!

A beleza que enfim
se desfez em dor,
ao acontecer o fim
do que se chama amor.

Feito flor que murchou
num instante qualquer,
estrondo que abalou
o teu peito de mulher.

Fazer as malas
pra tomar o mundo,
tantas mudas falas
no espaço de um segundo.

A dor latente
que o coração encobre,
quebrou-se a corrente
do sentimento mais nobre.

De nada me arrependo,
tudo que pude eu fiz.
Se agora estas sofrendo,
é por que você não quis.

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