Paulo Roberto!
É meu amor eu diria,
Era límpida a água que descia.

Secou-se o manto que à terra cobria
Corria e fazia a fome secar
Fome de sentimentos.

Sentimentos grandes
Tão indizíveis
Tais quais nem podia contar.

Tal como o corpo que tomba
Caia a romântica donzela
Ao corpo do amado a se deitar.

Passavam noites entrelaçados
Observando a água à passar.

Mas fonte sublime que da terra secou
Fazendo um deserto
Onde outrora tanto amor brotou!

Amantes que não mais perto
Sonho que não vingou
Fonte que morre
E solo que se fere
Deserto sombrio o que ficou!
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