Outrora eu sorria em qualquer situação...
Tinha a vida nas mãos.
Podia sentir meu próprio coração tocar o céu,
e sacudir o mundo!
Outrora eu podia abrir os olhos e ver o mar,
eu enxergava longe a alegria no rosto de uma criança a brincar...
Eu brincava de ser grande,
e irresponsável eu vinha por ai sem pensar...
Outrora eu lembrava que o mundo é enorme,
via que o outro quintal sempre era igual ao meu,
minhas confusões terminavam antes de começar...
E meus fantasmas morriam mesmo antes de eu ter medo deles...
Hoje...
Ando com o peso do mundo nas costas,
ao menos do meu mundo...
Amadureci sim, e às vezes brinco de ser criança...
As marcas profundas de minhas pegadas,
provam a minha responssabilidade exagerada com coisas nem tão importantes...
E vivo ouvindo que o quintal do vizinho é mais bonito...
Tenho amigos que sofrem mais com seus salários...
Que com a perda de amigos!
E as coisas mais importantes que me impõem,
não me parecem mesmo tão importantes, e as pessoas com quem me importo...
Não se importam tanto com a importãncia que lhes dou!
Meus versos soltos,
são minha fulga pra um lugar onde as coisas que realmente importam,
se fazem presentes...
Onde crio personagens,
que se importam em amar,
e que suas respossabilidades abraçam o próximo...
Abraçam sentimentos...
O mundo é frágil,
teme sentir e sofrer,
tão medroso o mundo...
Penso eu que a resposta muitas vezes...
Se encontra no nosso quintal,
enterrada na visão bela que tinhamos do mundo,
quando sabiamos dar valor ao que realmente importa!
"SER FELIZ"
(Não se esqueça de deixar viva, a criança que existe dentro de você)
Muito bonito, porém triste!