Paulo Roberto!

Precisando voltar 
para as mesmas vias,
precisando cantar
velhas alegrias.

Na necessidade de compor
nas linhas da vida,
versos e frases de amor,
rima jamais perdida.

Volta pro peito a chama
que arde, que fere, inflama,
guardada é dor lacerante,
exposta, é bela... Diamante.

É verso, palavras, é frase,
é sentimento pulsante, 
é ritmo, é grande e grave...
É tanto e sobretudo, viciante.
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Paulo Roberto!
    
    Ela disfarça o sorriso usual, timidez aparente, brilho labial e cor natural nas maçãs, os olhos desobedientes, perseguem-no, ela reluta, inutilmente, ele percebe...
    Ah! O coração, ferramenta biológica fantástica, trabalhador incansável, que neste momento quase para. Estrelas nascem nos olhos dela. - Eu poderia dizer que havia apenas um brilho em seu olhar, mas seria eufemismo, aquilo estava mais para estrelas mesmo.
   No meio de tudo isso, gente desatenta que nem percebia o clima, o medo, o frio na espinha, e a curiosidade daquele corpo.
   Os pés, vamos falar deles, aqueles pequenos ou nem tão pequenos membros inferiores, responsáveis pela locomoção, esse par deles em especial, se movia agora, num ritmo constante, o que claramente demonstra obstinação, ela notou isso...     E corou.
Diante dela, as palavras, até então claras, foram se esvaindo de sua cabeça, ou se fantasiando em imagens indecifráveis, até restar apenas um:
    - Oi! Er...          Como vai?
   Bobo isso, mas ela gostou, o nervosismo apresentado pelo rapaz, a fez sentir-se importante. E respondeu:
   - Oi! Tudo bem... E você? - Sorridente, tão sorridente.
Ainda mais bobo.
   Ali, as coias mudaram para ambos, ali, o coração dela se encheu, ali, ele abriu mão de muita coisa.
   É tão simples o nascimento do amor, que passa desapercebido!





Ela teve bons sonhos naquela noite!
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Paulo Roberto!


Poetar, por sentimentalismo,
por necessidade,
por mera bondade,
por negativismo.

Poetar, por insanidade,
pelo sofrimento,
por liberdade,
pelo momento.

Poetar, por desejar,
por luxúria,
por amar,
por lamúria.

Poetar por poetar,
por ter tanto no peito
que calar não há jeito,
o jeito é POETAR
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Paulo Roberto!



Para o amor que encontrei
a quem tanto amor dedico,
algumas palavras que já falei
mas com carinho repito:

Sobre o quanto te desejo
e o tanto que lhe quero bem,
que a felicidade que cortejo
só teu seio retém.

Essa saudade desenfreada,
aqui no peito alojada,
dói, mas não mata,
este laço ela não desata.

Falo do amor, da saudade,
do desejo e do carinho,
falo também, da minha vontade
de tê-la sempre em meu caminho!
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Paulo Roberto!

Esses negros cachos
quando enrolados com os meus,
segredam sobre laços
que amarram você e eu.

Esses dedos, o tato.
Os lábios, o paladar!
Não se cansam do ato...
Do tocar, do beijar...

Carnaval no peito,
bateria eletrizada!
Tocando de todo jeito
uma nota descompassada. 

É amor exposto
nos olhares desejosos,
no brilho intenso do rosto,
no roçar dos corpos nossos!



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Paulo Roberto!

No passo truculento dos dias,
vou amadurecendo anos!
Sacolejando, procurando vias,
vivendo e revivendo enganos.

Vou esbarrando na insanidade
e desviando do mau humor,
me contentando com a realidade
sem deixar de ser sonhador.

Aprendo o valor do riso,
da mais sincera gargalhada,
que tenho tudo o que preciso
pra seguir essa estrada...

Faço portos de estadia
mas ainda sem paradas,
é assim, meu dia-a-dia
pelas vielas enluaradas!


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Paulo Roberto!

Nas minhas palavras me desfaço.
Desmancho as tramas do meu dia!
Retiro armaduras de aço,
exprimo a minha alegria...

Me derramo pelas tuas letras,
nas vielas da literatura...
desfaço minhas feias caretas.
Vivo todas minhas aventuras.

Sou luminoso astro celeste!
Sou nuvem para regar a terra...
Sou bandido no velho-oeste,
sou o lobo faminto da serra.

Escravo sou de toda escrita!
cotidiano como respirar...
no meu peito as tenho prescrita,
responsáveis pelo meu palpitar!



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Paulo Roberto!


Não entendo essa tristeza
tão crua e sem beleza,
que me aflige dia-a-dia,
sem motivo se recria...

Procuro sem sucesso
encontrar minha alegria,
que sem aviso fez recesso
e a mim não mais contagia!

Vagamente me recordo
dos dias de felicidade,
Se durmo, quando acordo
é ainda a mesma realidade.

Isso não faz mais sentido,
como fugir dessa maldade?
Como dizer que tenho vivido?
Se a vida tem sido tão covarde...

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Paulo Roberto!

Não quero a dor lacerante
do amor desfeito,
se vier não se espante
com meu arredio jeito.

Ficarei distante, por certo
que o medo me domina,
o amor é algo incerto
dolorido e vago, mas fascina.

Portanto pra ser sua menina
será preciso mais que rosas,
mais que olhar na retina,
mais que duas horas prosas...

Não quero que prove nada
com jogadas elaboradas,
o amor deve ser uma estrada
sem rotas demarcadas.

Se dentro dessas medidas
conseguir o seu amor provar,
estarei de amores perdida,
serei de tu'alma o par.



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Paulo Roberto!


Embora se pinte de cinza,
do azul não escapas.
Finge esse jeito ranzinza
mas não possuis farpas.

Embora essa pose encenada
de menina malvada,
por dentro é leve
suave e delicada.

Assusta a primeira vista
no intento de se proteger,
Mas basta que um pouco insista
pra que se possa realmente ver:

A moça com pose de artista,
dona de uma terra encantada,
azul a se perder de vista,
única, forma de vida ilimitada. 

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