Paulo Roberto!
Eu descobri uma felicidade sem igual,
naquelas velhas brincadeiras,
que já não vemos mais acontecer...
Esta envelhecida,
a timidez tão gostosa do descobrir.

Se tornou dispensável!

Desde quando ter um pouco de medo do novo,
daquele sorriso simples e tímido,
receoso, com medo de estar se abrindo demais,
desde quando isso se tornou absurdo?!

Olhares! Meu Deus como eu sinto saudades,
daquele flerte de olhares trocados!

Hoje as coisas mais íntimas são tão impessoais,
confesso que me misturo,
e caio muitas vezes no meio disso tudo.

Mas não posso negar que sinto falta,
de andar de mãos dadas na tarde do tedioso domingo,
inventando coisas pra fazer,
falando sobre assuntos diversos,
e rindo da gotinha de suor que escorria pelas costas...

Do convite pra dançar,
e do olhar sedutor ensaiado na frente do espelho,
e os preparos muitos, todos esquecidos na hora "h".

Da inocência de quem podia levar em casa,
sem esperar o convite ousado de se chamado pra entrar!

A beleza dos toques mais simples...

Que saudades eu sinto do já falecido prazer em ter
a pessoa com quem se descobria os motivos de por que o amar esta nos poemas!
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